um incêndio é o sonho máximo de um fósforo
é uma música quente em notas luzes
são as estrelas que as estrelas veem
é o big bang de todas as sombras
um incêndio são meus dedos nas suas costas de manhã,
**********
ouço os estalosdos nossos beijos
como quem ouve
um ano novo
**********
a delicadeza guiaque só a bengala
de um cego
alcança
**********
Marcus Cardoso é poeta, músico e historiador. Vivente na cidade de Ribeirão Pires, lançou as plaquetes todo poeta mente sinceramente (2016) e palimpsesto, eu (2018): ambas de modo independente. Tem poemas publicados nas revistas Vício Velho, Ruído Manifesto, A Bacana, Arribação e no Mural da Kotter Editorial. Escreve, semanalmente, ensaios-prosas-poéticas que teimam em ser chamadas de resenha, para o site FolkdaWorld. É cantautor no projeto reticente. Segue buscando maneiras diversas de atravessar o múltiplo subúrbio da palavra.
Comentários
Postar um comentário