cunhambebe
ponta de árvore, galho seco
a vinte metros desse chão de índios extintos
um carcará se arrepia e começa a chover
de férias
vibram menina, menino e poodle
(viram de longe, “cachorro grande!”)
e correm: a alegria do medo
duc in altum
uma ilha ao fim da rua
impele um mundo todo novo
que não é rua, não é ilha, não é fim
ponta de árvore, galho seco
a vinte metros desse chão de índios extintos
um carcará se arrepia e começa a chover
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de férias
vibram menina, menino e poodle
(viram de longe, “cachorro grande!”)
e correm: a alegria do medo
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duc in altum
uma ilha ao fim da rua
impele um mundo todo novo
que não é rua, não é ilha, não é fim
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Diego Franco Gonçales, nascido e criado no ABC paulista, mora em Caraguatatuba/SP. Pesquisa e ensina Comunicação em universidades; traduz, prepara originais e revisa para o mercado editorial; e é instrutor de krav-maga, arte marcial israelense para defesa pessoal. Publicou o volume bilíngue “Dois contos de Kate Chopin” (Edição do autor, 2019) e teve contos selecionados para revistas literárias (Ruído Manifesto, RelevO, Kurumat'á).
Rico em presença de espírito, simples e conciso na poesia daquilo que sempre assistimos.
ResponderExcluirE sem perceber, admiramos.