todo corpo
carrega
status de
: casa
estábulo
& punhal
todo corpo
é manjedoura e ameaça
um coldre de memórias
atravessar rios
&
amordaçar serpentes
são vícios inevitáveis
para quem acorda preenchendo
espaços oblíquos
do tórax
neste exato momento
em algum lugar do planeta
tem alguém dobrando uma esquina
pela última vez
carrega aquele sentimento
de boca amarga
boca amarga geralmente é recomeço
***
ando com
passos contidos
como se evitasse
escorregar para
dentro da minha
própria garganta
***
Felipe Pauluk é um curitibano residente em são paulo, jogou na loteria da vida e numa quina, tirou o menor prêmio, a literatura. lançou seu primeiro livro, “meu tempo de carne e osso” em 2011. “hit the road, jack”, romance em 2012. em 2015, foi lançado “town”, novo romance do autor. “comida di botequim” e “tórax de são sebastião” foram seus dois livros de poemas publicados em 2016. 2017 “manual prático de perna mecânica para cantores”, ele lançou pela bar editora. Após 1 hiato de quase 4 anos, lançou em 2021, também pela Bar Editora, o livro de poesia e prosa "Heartbreak Hotel". Felipe também é roteirista, tendo criado roteiros de clipes para Emicida e outros artistas.
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